quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Croquis - Turma A - (parte 5 )

Olhos secos
Autor: Ajzenberg, Bernardo






GRUPO: Joyce Grando, Mariana Fagundes


Enterro da cafetina,O
Autor: Rey, Marcos




Grupo: Lucas Belo (manhã), Noele Grotoli (noite), Simon Lee (noite)

domingo, 21 de novembro de 2010

Croquis - Turma A - Manhã (parte 4 )

Leão-de-chácara
Autor: Antonio, João

- Croqui Final



GRUPO: Aline Almeida, Evelyn Gomes, Fernanda Ana

Nunca fui primeira-dama
Autor: Guerra, Wendy

- Croqui Final



GRUPO: Angela Paixão, Vanessa Castro

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

ENTERRO DA CAFETINA, O - Rey, Marcos



Conhecido como mestre do romance, Marcos Rey também contribuiu em sua obra com livros infanto-juvenis, suspenses e aventuras.
Filho de gráfico, teve o início de sua profissão escrevendo para jornais e rádios.
A partir da década de 50, Rey intensifica sua habilidade como escritor, começando a escrever seus romances.
Fundador da Gráfica Mauá e publicitário, larga todas suas colaborações para dedicar-se à partir da década de 60, exclusivamente aos livros, os quais viram roteiros cinematográficos em 70, o que lhe rende o prestígio de ser um dos mais requisitados roteiristas da época.
Cria o formato mini-série e contribui com inúmeros projetos para a Emissora Rede Globo e à partir de 1986, faz parte da Academia Brasileira de Letras.
Em 1998 publica seu último romance, Fantoches!, e falece aos 74 anos de idade em 1999, quando suas cinzas foram jogadas ao céu paulista, palco de suas obras.

A obra fragmentada nos sete capítulos em forma de contos, se trata de um retrato boêmio da São Paulo vivida na década de 60.
“Seis pessoas, reunidas no ateliê de um pintor, no decadente bairro de Vila Biarque, conspiravam e fumavam...”(pag.99)
Ora romântico, ora dramático, sempre há elementos humorísticos, que traça o perfil do autor.
O peculiar é que os contos se encontram em diversas coincidências. Personagens e hotéis formam uma complementação dos contos como um todo.
Otávio, personagem mais notado, é descrito com incrível precisão de detalhes psicológicos, mostrando ao leitor desejos íntimos que transcendem o texto.
A riqueza de detalhes que perpetuam a época não passam despercebidos, como trajes, hábitos, objetos e automóveis, o que contribui para uma leitura voraz e intrigante.
“...esse caso do Austin abriu as cortinas do drama...”(pag.120)
“ - Que prefere? Casimira ou tropical? Temos também fazendas estrangeiras...”(pag.122)

São estórias noturnas, vividas por pessoas pouco amantes do sol e do ar puro. Parece coisa provada que o sol, além de causar perigosas queimaduras na pele, torna as pessoas preguiçosas e irritadiças. Vejam vocês os bohêmios. São criaturas de boa índole, mentalmente muito ativas e, talvez porque não tomem sol, resistem melhor ao álcool e ao sono. Se o sol de fato fizesse tanto bem, como apregoam certos médicos apressados, a África seria o centro da civilização e estaria coberta de chaminés. Quanto ao ar puro, posso informar que as boates substituem-no com êxito pelos aparelhos de ar-condicionado, quase todos de excelente fabricação norte-americana. Alguns injetam no ambiente essências odoríficas, o que estimula o romance quando um piano saudosista colabora com La vie em rose.
Os personagens deste livro, como foi dito, são de circulação noturna. Por favor, não os confundam com guardas noturnos. Esses são profissionais e todos eles odeiam a noite. Não são também pessoas que sofrem de insônia, sempre às voltas com suas pílulas. Quero que fique bem claro: são homens e mulheres que param nos bares, restaurantes, “inferninhos”, cabarés, boates e em certas casas onde tudo se tolera. São bohêmios por vocação ou por erro de educação, por dor de cotovelo ou qualquer dor, por falta de dinheiro ou por excesso, por vagabundagem ou paixão à sociologia.
O antipático astro-rei se ocultou. Comecemos.”(pág.7)

“ As boas histórias vem do fundo, sempre ligadas às nossas experiências mais íntimas e essenciais. Nascem do mergulho no grande oceano do inconsciente”
Marcos Rey

A obra intriga por mostrar ângulos e perspectivas dos personagens pouco mostrados em outras obras. É fácil entendê-los e apoia-los, mesmo em situações insanas, o que acontece com facilidade nos contos.
“...Dezembro,20
Acho que estou numa fase de decadência total. Emagreci alguns kilos e minhas roupas se desfazem. O pior 'a fome, que me atormenta. Porém, o que dói é o contraste. Essa alegria de fim de ano que observo em todos os rostos.”(pág.180)
Vagabundos, beberrões, anarquistas, todos têm um perfil por de trás do rótulo que lhes dão, quase sempre um ser carente de afeto e amor, implorando a si mesmo por se apaixonarem a uma bela mulher, que os salvarão de seus males.
A leitura é democrática sendo simples e de fácil compreensão, a tornando fácil indicação a leitores iniciantes ou a velhos amantes da literatura brasileira.

A seguir fotos do laboratório de pesquisa, retratando o lifestyle bohêmio atual de São Paulo.







ENTERRO DA CAFETINA,
Autor: Rey, Marcos
Grupo: Lucas Belo , Noele Grotoli, Simon Lee

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

LEÃO-DE-CHÁCARA ANTÔNIO, JOÃO (TURMA A MANHÃ)






Leão-de-chácara é um livro inicialmente dividido em quatro contos: Leão-de-Chácara; Três Cunhadas -Natal 1960; Joãozinho da Babilônia, Paulinho Perna Torta. Histórias relatando embates ocorridos em camadas populares das cidade de São Paulo e Rio de Janeiro nas décadas de 60 e 70.
João Antônio descreve com muita ênfase a marginalização, os moleques de rua, traficantes, prostitutas e vai mostrando como as vidas dos personagens são levadas aos "trancos e barrancos" fazem ser natural o ritmo da malandragem e da bohemia.
Com uma linguagem dura o leitor entra em contato direto com a informalização das ruas, trafico de drogas, violência, bebidas falsas, tudo em torno de mulheres prostitutas, sendo vivenciado nos submundos dessas cidades de uma forma muito real mostrando suas grandezas e misérias.
O autor usa uma linguagem coloquial, com muitos palavrões e gírias, com frases longas, onde de uma gíria saem várias outras para enfatizar o sentindo a que está se referindo. Em geral ele dá uma vazão a um monologo interior dos personagens, abordando de forma bem profunda o vocabulário de cada grupo social citado ao decorrer dos contos.




O AUTOR

Nascido no subúrbio de São Paulo, João Antônio trabalhou em lugares que não pagavam bem, lançou seu primeiro livro de contos, Malagueta, Perus e Bacanaço, em 1963, que foi uma grande sucesso de público e crítica, onde ganhou vários prêmios. O sucesso literário conduziu-o ao jornalismo.

Em 1970 ele decide mudar radicalmente de vida, sai do emprego se desfas de tudo, carro, mulher, roupas boas e passa a ser visto sempre com roupas simples adotando um estilo próximo da marginalidade em que seus personagens vivem e se dedica integralmente a literatura.

Escreveu quinze livros, só aceitava convites de ir palestrar em escolas e universidades, nunca em cerimonias e se vincular a grupos de academias literárias.

Morava só e morreu só, seu corpo foi encontrado quinze dias após sua morte.


LEÃO-DE-CHÁCARA

Autor: ANTÔNIO, JOÃO

GRUPO: Aline Almeida, Evelyn Gomes, Fernanda Ana



Pesquisa de campo Rio de Janeiro













Fotos por Evelyn Gomes


Agradecimentos: Erica Perfeito, Julio Perfeito, João






quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Croquis - Turma A - Manhã (parte 3 )

O sol se põe em São Paulo
Autor: Carvalho, Bernardo







GRUPO: Gabriela Oliveira, Maria Lima, Mariana Moreira


Correio do tempo
Autor: Benedetti, Mario


- Croqui Final

Frente

Costas


GRUPO: Erica I. Perfeito, Otávio Dornadeli

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Croquis - Turma A - Manhã (parte 2 )

Contos Atrevidos
Autor: Bivar, Antonio








- Croqui Final



GRUPO: Vanessa Franco, Vanessa Oliveira, Rita Teruya

domingo, 7 de novembro de 2010

Paulo Lima: Desfile FMU na Livraria Cultura 2010

Paulo Lima: Desfile FMU na Livraria Cultura 2010: "Na tarde de sexta-feira por volta das 12:30 os alunos da faculdade FMU, designers de moda apresentaram seu repertório em um desfile interati..."

Croquis - Turma A - Manhã (parte I )

A pista de gelo
Autor: BOLANO, ROBERTO



Alyne Cavalcanti


- Croqui Final


Frente



Costas


GRUPO: Alyne Cavalcanti, Simone Santos


Eles eram muitos cavalos
Autor: RUFFATO, LUIZ


- Croqui Final

Frente




Costas


GRUPO: Daniela Farroco, Eunice Matos

A PISTA DE GELO - BOLANO, ROBERTO (turma A - Manhã)




A pista de gelo trata-se de um romance, tendo nele também o suspense. O livro narra a história de três personagens que cada um conta sua visão, fala de seus sentimentos, dão seu depoimento. Os acontececimentos se passam em Z, um pequeno balneário da costa catalã, e por fim, se encontram no meio dessa história, por conhencidência? Talvez o destino... Por uma única pessoa? A pista de patinação reúne esses elementos.
Remo Morán: escritor, lutou para vencer na vida, tem suas lojas de bijuterias e de bar. Conhece uma mulher que o sentir-se como um adolescente, sentindo medo da paixão.
Gaspar Heredita: Poeta mexinado, é vigia noturno de um camping, vive de biscates.
Enric Rosquelles: Psicólogo, trabalha na prefeitura, vingativo. Se esconde de sentimentos, vive de mentiras, por um só motivo, a patinadora.
É um livro cheio de mistérios, dando pistas a serem seguidas para desvendar o mistério da pista de gelo. Pois acontece um crime.
O romance é derivado de amor, vingança, frustrações, pequenos gestos, paixão, desilusão.
É o primeiro romance publicado por Roberto Bolanõ. Nasceu em 27 de abril de 1953 foi umescritor chileno. Publicou várias obras antes de morrer. Em 2003 morre aos 50 anos. Seus livros tratam de modo original o gênero policial, mas também falam de política e drogas, além de refletir sobre a própria literatura.

A PISTA DE GELO
Autor: BOLANO, ROBERTO
GRUPO: Alyne Cavalcanti, Simone Santos

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

CORREIO DO TEMPO - BENEDETTI, MARIO (turma A - manhã)


Em sua obra é retratada uma série de contos. São narrativas de fatos paralelos, dentro de uma analogia onde há uma abordagem vigorosa sobre os sentimentos.
Sejam estes, vivenciados por crianças, jovens, casais separados, namorados, grupo de amigos, pessoas distantes, desaparecidas, fantasmas, entre outros.
Cada um com sua problemática, um conjunto de personagens com seus respectivos universos e formas de pensar.
Situações vividas por nós mesmos, porém apresentadas de uma forma única, onde a alegria, tristeza, surpresa, raiva, vingança, mortes e injustiças podem aparecer no momento mais inesperado.

Cada história é uma peça de um quebra cabeça de sentimentos.
E como são relatos ficcionais, provocam muita curiosidade e, além disso, estimulam a imaginação do leitor.
O livro em si passa tranquilidade, e nos faz pensar em cores neutras, tons pastéis, cheiros suaves e um sentimento de saudade e solidão.







Fotos Erica Perfeito/ Otávio Dornadeli

Com a leitura dos contos passamos até a prestar mais atenção com o que nos acontece, dos mais diversos tipos de lembranças, das pessoas que amamos, que estão longe, desses fragmentos de alegrias e tristezas, afetos e desafetos, mortes, vidas que nascem, o tempo, o que pode acontecer com qualquer pessoa, em qualquer momento.

Por Otávio Dornadeli Rosseli

O autor

Mario Benedetti nasceu em setembro de 1920, em Paso de los Toros, Uruguai.
Trabalhou como vendedor, taquígrafo, contador, funcionário público e jornalista.
Entre 1938 e 1945, morou em Buenos Aires. Ao retornar a Montevidéu, passou a trabalhar no semanário Marcha.
Nesse mesmo ano, publicou o primeiro livro de poesias, La víspera indeleble. Em 1959, com o lançamento do livro de contos Montevideanos, consagrou-se como escritor.
Por questões políticas, abandonou o Uruguai em 1973. Nos 12 anos de exílio, morou na Argentina, Peru, Cuba e Espanha.
Dono de uma vasta obra, traduzida em todo o mundo, Benedetti é considerado um dos principais autores latino-americanos da atualidade. Dele, a Alfaguara publicou A trégua, seu romance mais famoso.

Benedetti, Mário / Correio do tempo; tradução Rubia Prates Goldoni. – Rio de Janeiro: Objetiva, 2007.Editora Alfaguara

Correio do Tempo



No correio do tempo se acumulam
A paixão desolada/ o gozo trêmulo
E lá ficam esperando seu destino
A paz involuntária da infância/
há um enigma no correio do tempo
uma aldrava de queixas e candores
um dossiê de angústia/promissória
com todos os valores declarados

No correio do tempo há alegrias
Que ninguém vai exigir/ que ninguém nunca
retirará/ e acabarão murchas
suspirando o sabor da intempérie
e no entanto/ do correio do tempo
sairão logo cartas voadoras
dispostas a fincar-se em algum sonho
onde aguardem os sustos do acaso


A Solidão



“Se eu me sinto solitário? Em parte, sim, porque perdi meus pais e meus irmãos todos. Nós éramos seis irmãos. E, em parte, porque perdi também amigos da minha mocidade, como Pedro Nava, Mílton Campos, Emílio Moura, Rodrigo Melo Franco de Andrade, Gustavo Capanema e outros que faziam parte da minha vida anterior, a mais profunda. Isso me dá um sentimento de solidão.



Por outro lado, a solidão em si é muito relativa. Uma pessoa que tem hábitos intelectuais ou artísticos, uma pessoa que gosta de música, uma pessoa que gosta de ler nunca está sozinha. Ela terá sempre uma companhia: a companhia imensa de todos os artistas, todos os escritores que ela ama, ao longo dos séculos”.



“Precisava de um amigo/ desses calados, distantes,/ que lêem verso de Horácio/ mas secretamente influem/ na vida, no amor, na carne/ Estou só, não tenho amigo/ E a essa hora tardia/ como procurar um amigo?” (A bruxa - trecho)

Carlos Drummond de Andrade

CORREIO DO TEMPO
Autor: BENEDETTI, MARIO
GRUPO: Erica I. Perfeito, Otávio Dornadeli