Quando Flávio e eu resolvemos escrever o 68 a gente pensou mais ou menos o seguinte:
a) pensamos em juntar a experiência dele, que viveu os anos 70 em pleno Rio, com a minha vasta biblioteca sobre o tema. minha experiência em San Francisco, L.A, Rio e Salvador (lugares onde a c.c ferveu) daria um toque extra ao romance.
b) quando eu morei no Rio (2 anos) eu e Flávio nos víamos quase todos os dias. longas e intermináveis conversas. questionamos tudo. daí o 68 ter essa leveza, esse otimismo, bom humor e um grau de contestação que não se vê na literatura brasileira, desde Mautner, talvez. somos bastante anarquistas. odiamos dogmas, autoritarismos, ideologias fechadas, o patriarcado, os preconceitos todos...
c) o 68 ia ser adotado pelo CEFET, mas os professores geniais de lá ficaram com medo dos "evanjechatos" (expressão deles mesmos), e preferiram adotar um livro que nada tem a ver com a realidade dos alunos. alienação mesmo.
d) o personagem Dan é meu alter-ego. eu ainda vou escrever um livro inteiro com causos de músicos. esse tipo de artista vive coisas inacreditáveis, bem perto das margens, com drogaditos, putas, loucos, e estigmatizados de todos os tipos...]
e) entregamos o livro no prazo. era pra ter sido lançado dia 8-8-2008. a editora lançou o romance em dezembro e os jornalistas. esse seres com tão pouca liberdade, disseram (segundo me disseram) que eles passaram 2008 todo falando sobre 1968, e que o tema ´tava saturado, etc... balela!
f) por trás do 68 está Nietzsche e uma enorme alegria de viver. a idéia é que o leitor, ao fechar o livro, queira viver eternamente, feliz, porém crítico com as injustiças e imbecilidades do sistema capitalista em sua versão selvagem.
g) é uma felicidade indescritível ver jovens lendo o 68. me dá uma sensação gostosa de que nem tudo está perdido.
h) é dificíííilimo ser escritor num país de analfabetos. mas o amor a arte e a vida está acima de tudo.
i)François Rabelais, Oswald de Andrade, e Paulo Leminski são autores que orientam a carnavalização do 68
amo vcs
de graça
Luis Daltro
a) pensamos em juntar a experiência dele, que viveu os anos 70 em pleno Rio, com a minha vasta biblioteca sobre o tema. minha experiência em San Francisco, L.A, Rio e Salvador (lugares onde a c.c ferveu) daria um toque extra ao romance.
b) quando eu morei no Rio (2 anos) eu e Flávio nos víamos quase todos os dias. longas e intermináveis conversas. questionamos tudo. daí o 68 ter essa leveza, esse otimismo, bom humor e um grau de contestação que não se vê na literatura brasileira, desde Mautner, talvez. somos bastante anarquistas. odiamos dogmas, autoritarismos, ideologias fechadas, o patriarcado, os preconceitos todos...
c) o 68 ia ser adotado pelo CEFET, mas os professores geniais de lá ficaram com medo dos "evanjechatos" (expressão deles mesmos), e preferiram adotar um livro que nada tem a ver com a realidade dos alunos. alienação mesmo.
d) o personagem Dan é meu alter-ego. eu ainda vou escrever um livro inteiro com causos de músicos. esse tipo de artista vive coisas inacreditáveis, bem perto das margens, com drogaditos, putas, loucos, e estigmatizados de todos os tipos...]
e) entregamos o livro no prazo. era pra ter sido lançado dia 8-8-2008. a editora lançou o romance em dezembro e os jornalistas. esse seres com tão pouca liberdade, disseram (segundo me disseram) que eles passaram 2008 todo falando sobre 1968, e que o tema ´tava saturado, etc... balela!
f) por trás do 68 está Nietzsche e uma enorme alegria de viver. a idéia é que o leitor, ao fechar o livro, queira viver eternamente, feliz, porém crítico com as injustiças e imbecilidades do sistema capitalista em sua versão selvagem.
g) é uma felicidade indescritível ver jovens lendo o 68. me dá uma sensação gostosa de que nem tudo está perdido.
h) é dificíííilimo ser escritor num país de analfabetos. mas o amor a arte e a vida está acima de tudo.
i)François Rabelais, Oswald de Andrade, e Paulo Leminski são autores que orientam a carnavalização do 68
amo vcs
de graça
Luis Daltro
Super atencioso. Obrigado!
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